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Jorge Maroun
Pensei muito antes de escrever sobre a atuação de ontem da seleção brasileira contra Alemanha, a fim de não cometer injustiças ou colocar na conta de uma pessoa um fracasso coletivo.
O resultado de 7 a 1 de ontem foi apenas o ápice de sinais claros que foram dados ao futebol brasileiro, sem que muitos tivessem sequer percebido ou se importado. A Copa América de 2011 – quando perdemos para o fraco time que o Paraguai apresentou naquele torneio, sem marcarmos um gol sequer numa decisão por pênaltis nas oitavas – o passeio do Barcelona sobre o Santos na final do mundial de clubes, as eliminações de clubes brasileiros em fases precoces da Copa Libertadores (vale lembrar que quando o Santos de Neymar foi campeão, todos os brasileiros caíram nas oitavas de final e isto aconteceu em outras edições no qual o título de um mascarou o resultado geral ruim), o Atlético Mineiro perde para uma equipe do Marrocos no Mundial da Fifa e nesta atual edição da Libertadores, vários brasileiros saíram na primeira fase.
Mas voltemos à Alemanha. Em 10 de agosto de 2011, a seleção brasileira de Mano Menezes perdeu por 3 a 2 para a Alemanha, na Alianz Arena. Entretanto, lembro-me que o resultado não refletiu o que aconteceu em campo, um passeio tático alemão. Na época optou-se por culpar o lateral André Santos, que falhou diretamente num dos gols, algo comum na nossa cultura do bode expiatório. No jogo de ontem, o ataque sistematizado da Alemanha e o contra-ataque sustentado contrastavam com o jogo pouco estruturado e espaçado do Brasil, que força os atletas a buscarem o jogo individual, com dribles. Isto sem falar de assuntos já abordados em todas as matérias sobre o jogo, como a perda numérica no meio campo e a incapacidade de abastecer o nosso atacante de área.
Em junho de 2015 teremos Copa América no Chile e fica a pergunta: a seleção brasileira continuará a atuar neste nível? A estrutura do futebol brasileiro aprenderá alguma lição dos fiascos recentes? O tempo dará a resposta.