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Gustavo Vidal
Foi no sufoco, mas o Friburguense conseguiu escapar da temida seletiva. Passado o susto é hora de analisar o que mudou na equipe de um ano para o outro, já que na temporada passada o time ficou em sexto lugar, e por pouco não conquistou o título da Taça Rio.
Durante o campeonato de 2015 a principal reclamação dos torcedores foi a elevada idade de alguns jogadores, mas este não foi o principal problema, para perceber isto basta observar alguns fatos que aconteceram este ano e comparar com 2014.
Primeiro vamos analisar o time titular do ano passado: Afonso; Sergio Gomes, Cadão, Bruno Leal e Flavinho; Bidu, Lucas, Marcelo e Jorge Luiz; Ziquinha e Rômulo. Essa foi a equipe que mais entrou em campo durante o estadual de 2014. Destes Lucas e Marcelo deixaram a equipe, além disso, Bruno Leal não atuou em 2015 por conta de uma lesão.
Uma das principais vantagens desta equipe era a sequência de jogos com a mesma formação. O bom entrosamento permitia ao time uma boa troca de passes, permitindo que o meio de campo trabalhasse melhor a bola, criando mais chances de gol para o ataque.
Poucas eram as alterações no time. Elas aconteciam sempre no segundo tempo e eram pontuais, Abedi, Toshyia, Lohan, Ze Victor e Luis Felipe Reis um dos destaques da equipe, eram os jogadores que mais entravam na etapa final.
Já no atual campeonato o time titular foi: Marcos; Sergio Gomes, Cadão, Pierre e Flavinho; Bidu, Rômulo (João Victor), Damião, Jorge Luiz; Ziquinha e Caíque. Além das mudanças com as saídas de Lucas e Marcelo o Friburguense sofreu com algo que não tinha enfrentado ano passado: as lesões.
Bruno Leal ainda sem condições de atuar foi substituído por Pierre jogador que também sofreu com as lesões, Flavinho desfalcou a equipe por algumas rodadas e Caíque também foi baixa em alguns jogos, tudo isto aliado as suspensões, algo natural em um campeonato, fez com que o técnico Gerson Andreotti tivesse que mexer muito na equipe e mudar a escalação de jogo para jogo.
Como resultado a equipe não encontrou o entrosamento do ano passado e em algumas partidas o time optava pelos lançamentos diretos da defesa para o ataque, fazendo com que a bola não chegasse da melhor maneira aos atacantes.
Como consequência o ataque foi o setor que mais deixou a desejar, dos 16 gols apenas três foram marcados pelos atacantes, Thales balançou a rede duas vezes e Caíque marcou apenas uma, aliás, a falta de pontaria do setor ofensivo não é um problema novo e precisa ser resolvido
O Friburguense se mantém na elite, mas se quiser algo maior no campeonato terá que se mexer, principalmente reforçando o setor ofensivo. Afinal ano que vem teremos seletiva novamente e desta fez apenas os oito melhores irão se garantir na primeira divisão do próximo ano.