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Um dos grandes nomes da história do esporte de Nova Friburgo e do Friburguense Atlético Clube, Antonio Felipe Deccache morreu nesta quarta-feira (18). O eterno Presidente de Honra do Tricolor da Serra lutava contra uma doença, e não resistiu aos 86 anos de idade. O homem que construiu o Estádio Eduardo Guinle, e dentre outros momentos marcantes, participou da fusão entre Fluminense e Serrano, em 1980, deixa este plano para fazer parte da eternidade. O corpo está sendo velado no Memorial SAF, mas o Friburguense vai oferecer à família o salão social do clube para a continuidade do velório.
Deccache marcou seu nome como um dos maiores desportistas de Nova Friburgo. Empresário e advogado, nasceu em Magé (RJ), no dia 13 de março de 1930. Ainda jovem chegou a Nova Friburgo, e iniciou a carreira no futebol em 1943, no mascote do Fluminense Atlético Clube, sob o comando do saudoso Manoelzinho. Deccache era um jovem franzino, mas de grande potencial para a posição de goleiro.
“Estudávamos no colégio modelo e todo fim de aula às 16h de terças e quintas feiras, saíamos disparados pelo largo do expedicionário, deixando cair livros, lápis e borrachas, pra ver um simples treino da equipe fantástica do Fluminense. Os tempos passaram e nós fomos cimentando esse amor”, disse em uma de suas entrevistas ao site oficial do Friburguense.
Efetivado como titular, assim se manteve durante a carreira em todas as categorias por onde passou no clube azulino, até 1952, e no Esperança de 1953 a 1964. Deccache era técnico, corajoso e líder. Não gostava de perder nem mesmo em treino: gritava, vibrava e passava essa energia aos companheiros, contagiando-os para obter os resultados. Também atuou como jogador e técnico da seleção Friburguense, escrevendo seu nome como campeão estadual nas duas funções. Em 1997, por problemas de ordem particular resolveu, como ele mesmo disse, “arquivar as chuteiras”.
esmo no período em que atuou pelo Esperança, não desfez o laço de afinidade com o Fluminense, o clube do coração. Ao encerrar a carreira tornou-se treinador da equipe principal. As histórias de Deccache e do clube azulino, de fato, se misturam. Em janeiro de 1970, assumiu a presidência do Fluminense, onde permaneceu até 1984. Ao deixar o cargo, continuou servindo ao clube como integrante da diretoria, principalmente na gestão de Nilson Homem de Castro. Assumiu novamente o conselho diretor no triênio 1995, 1996 e 1997, quando o clube já era Friburguense. Dinâmico, idealizador e competente, Deccache foi um dos grandes batalhadores pelo progresso do clube, sendo responsável pela construção de praticamente todo o patrimônio do complexo esportivo do Estádio Eduardo Guinle e pela modernização do parque social.
“Conseguimos financiamento de 700 mil reais do governo federal para a construção do Eduardo Guinle, 400 mil reais da secretaria de esporte do estado do Rio para a construção de um estádio atlético, e através do Almirante Heleno Nunes, ex presidente da Confederação Brasileira de Desportos, 2.400 sacos de cimento para fazer as arquibancadas. É por isso que temos ciúmes disso. Às vezes não temos por mulher alguma o ciúmes que temos pelas nossas obras”, brincou durante entrevista ao site oficial.
Texto: Vinicius Gastin (Assessoria de Imprensa Friburguense)