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A violência entre as torcidas é um problema muito complexo para ser resolvido com uma medida tão simples como a decisão de realizar os clássicos cariocas com torcida única.
Dia 25 de fevereiro é o dia marcado para acontecer as semifinais da Taça Guanabara. O local ideal para acontecer essas partidas seria o Maracanã, mas o maior estádio do Brasil está fechado e ninguém sabe quando vai abrir novamente. A alternativa é o estádio Nilton Santos, mas aparentemente isso não será possível por causa da decisão do juiz Guilherme Schilling, do Juizado Especial do Torcedor e dos Grandes Eventos do Rio em realizar os clássicos cariocas com torcida única.
Tudo começou com a morte de um torcedor do Botafogo no dia do clássico entre o Glorioso e o Flamengo pela primeira fase da Taça Guanabara. A ocorrência foi mais uma no meio de tantas que acontecem no futebol brasileiro e mais uma vez as medidas tomadas para tentar resolver os problemas são superficiais.
Proibir duas torcidas até parece a melhor decisão, mas basta observar um pouco para perceber que a maioria dos casos de briga entre torcedores acontece fora dos estádios, afinal mesmo que uma torcida seja impedida de entrar no estádio, nada garante que ela não brigue do lado de fora. A violência é um problema complexo que não é exclusivo do futebol, na verdade o esporte mais popular do mundo é apenas uma desculpa para que se pratiquem atos como o visto nos arredores do Nilton Santos.
Apenas proibir não é o suficiente. É necessário um trabalho de investigação para achar os culpados e criar alguma forma de banir do futebol essas pessoas que se dizem torcedores. A tarefa não e fácil, mas existem exemplos como da Inglaterra, que mostram que com um trabalho serio é possível acabar com a violência dentro e fora dos campos de futebol.
Para isso acontecer seria necessário um dialogo maior entre as autoridades, o poder público e os dirigentes dos clubes. Apenas quando todos se reunirem e principalmente chamar para si a responsabilidade de resolver o problema é que algo pode mudar. Mas parece que as autoridades preferem proibir e os clubes preferem reclamar. E quem sofre com isso é o torcedor de bem que fica privado de ir ao estádio e ver o seu clube jogar.