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Jorge Maroun
Quem conhece um pouco dos bastidores do futebol sabe que um resultado não se explica apenas por um único fator, ainda mais quando é atípico (ou alguém acha que o atual Vasco num jogo normal faz seis gols no Friburguense?). Há uma combinação de fatores como psicológicos, motivacionais, técnicos, táticos, o momento, um lance específico, relacionamento treinador e jogadores, questões político-comerciais…
Neste artigo vou dividir com os amigos uma visão tática que me parece um fator relevante neste momento. Antes de iniciar o tema em si, gostaria de dizer que não se trata de uma crítica ao trabalho do treinador Gerson Andeotti, apenas uma visão de quem está observando do lado de fora, sem todos os dados, visando ampliar a discussão.
Assisti dois dois três jogos do Frisão no campeonato, contra o Bangu e o Vasco da Gama, e fiquei com uma clara impressão de que apesar de um bom elenco, a equipe está taticamente mal postada. Vejamos:
1º) O Lucas está jogando muito longe do gol!! Um jogador de excelente chute, cabeceio e passes precisos como ele está escondido, distante do gol. Por outro lado, o ótimo Marcelo é um excelente condutor de bola, é mais rápido e desarma melhor que Lucas, logo poderia jogar um pouco mais atrás que teria todas as condições de se apresentar na frente, como vem fazendo. Como Lucas é mais lento e clássico, não consegue chegar tão rápido à frente e não tem dialogado com Marcelo e Jorge Luiz, com a equipe sofrendo muito. Por isso, Lucas está escondido nos jogos do Frisão.
2º) O Rômulo é um grande jogador, mostrou isto na Série D de 2012 como meia, mas já ficou claro desde o campeonato passado que ele não é atacante de área. Seria melhor que fosse deslocado como segundo homem de ataque ou jogasse no meio, com o Jorge Luiz deslocado mais à frente (segundo homem) e o Lohan – que é centroavante – entrasse como comandante do ataque. Com isto, Ziquinha seria opção de qualidade para a segunda etapa (cruza muito bem do fundo), visto que geralmente tem rendido bem apenas um tempo.
3º) O Bidu mostrou ser ainda um jogador fundamental na cabeça de área. Ainda mais agora, em que ficou claro que Bruno e Cadão não têm o mesmo entrosamento que havia entre Cadão e Diego Guerra.
4º) Não culpo o goleiro Afonso, como alguns companheiros. Apostar num goleiro jovem que por vezes falhará é importante, caso o clube acredite que terá nele um grande arqueiro no futuro (é o caso?). Ainda vejo valor neste atleta, mas não vi o Léo jogar.
5º) Trabalhar mais cruzamentos e bolas paradas. No jogo contra o Bangu, o Frisão bateu várias faltas e escanteios para a área por baixo, enquanto bons cabeceadores como Cadão e Lucas estavam na área. Ontem, contra o Vasco, algumas bolas lançadas para fora. Com jogadores excelentes em cruzamentos, como Sérgio Gomes, Flavinho e Ziquinha, o Frisão não pode desperdiçar as bolas paradas como vem fazendo.
6º) Flavinho está bem pela esquerda, mas muito só. O Jorge Luiz precisa aparecer mais por este lado para a tabela. Sérgio Gomes está tímido pela direita, talvez por receio de levar bola em suas costas, mas como tem um cruzamento muito bom, precisa ter cobertura para subir. Precisa também jogar com mais raça.
Por fim, entendo que as questões psicológicas fazem a diferença. Ontem, o Frisão não mordeu, não brigou, não acreditou. A velha frase “não caiu está bom”, não serve mais. Com este time repleto de bons valores (são poucos times de menor investimento que possuem um meio campo do nível de atletas como Bidu, Lucas, Marcelo e Jorge Luiz) como entender que o Frisão não vai brigar lá em cima, que perdeu para o Vasco pressionado. É hora de sonhar alto, grande, lutar e conseguir. ACREDITAR!
Ser grande seria bom para o clube, para o futuro dos atletas e para o torcedor friburguense. Força Frisão!