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Apoio: Rafael Seabra
A temporada de 2018 foi à décima-nona de Bidu vestindo a camisa do Friburguense. Ao longo desses quase 20 aos são mais de 300 partidas e um lugar garantindo entre os grandes ídolos do Tricolor da Serra.
Essa história começa em 1999. Na época Bidu ainda tinha idade de juvenil, mas já trabalhava para ajudar os pais. A rotina de trabalho e jogos era puxada, mas mesmo assim o jogador conseguia se destacar dos outros atletas.
– Quando pintou a oportunidade de jogar no Friburguense eu ainda tinha idade de juvenil e já trabalha em uma loja para ajudar meus pais. Por isso o início foi bem complicado. Eu ia trabalhar, almoçava no serviço, o Siqueira me levava para jogar e depois eu voltava para trabalhar. Mas foi ali que eu comecei a aparecer. Ficaram impressionados comigo, porque os garotos moravam aqui na concentração e almoçavam e treinavam todo dia. Eu trabalhando, vinha jogar, depois voltava para o serviço e consegui me destacar em uma competição.
Não demorou muito e Bidu logo teve a sua primeira oportunidade no time profissional. A estreia foi contra o Flamengo no Maracanã e a derrota por 7 a 1 não traz boas recordações para o Friburguense. Apesar disso o único gol marcado pelo Tricolor da Serra foi marcado justamente pelo estreante Bidu.
– Meu primeiro jogo como profissional foi no Maracanã contra o Flamengo. Um jogo que nem consegui dormir direito à noite e ficou marcado porque perdemos por uma placar elástico. Foi 7 a 1 e o nosso gol foi marcado pro mim. Toda minha família foi assistir e quando marquei o gol peguei a bola e sai comemorando naquela alegria. Só que o jogo já estava 5 a 0 e os caras dentro de campo me deram uma chamada preguntando o que eu estava comemorando, se o jogo estava 5 a 0. Então isso vai ficar marcado para sempre.
Além da estreia como profissional Bidu guarda outras lembranças vestindo a camisa do Friburguense.
– São vários momentos legais que a gente passa aqui. É um clube que para mim é como se fosse a minha casa então sinto mais alegrias aqui do que outra coisa. Mas posso destacar a campanha de 2004, que chegamos na semifinal, a Taça João Ellis Filho e a volta para primeira divisão. São momentos legais que a gente passou e que vai ficar marcado para sempre.
Todos que passam pelo Friburguense destacam o ambiente familiar do clube e com Bidu não é diferente. Prestes a completar 20 anos de clube o jogador afirma que o clube se tornou a sua casa e destaca a presença dos filhos no clube.
– O Friburguense me lembra família e orgulho de vestir essa camisa. Hoje a minha maior alegria é trazer o meu filho com oito anos pra cá. Ele já esta fazendo escolinha e isso passa um filme na nossa cabeça. Há pouco tempo atrás teve um torneio aqui e eu estava como treinador dele e foi uma alegria muito grande. Ele gosta muito, respira futebol o tempo todo e fala que quer ser jogador. Eu fico feliz porque ele leva jeito e posso acompanhar e orientar quando estou na escolinha. Mas não forço nada e deixo ele bem a vontade. A minha filha também pratica vôlei vestindo a camisa do Friburguense. Então esse lugar se tornou a minha casa e é aonde eu me sinto bem e todos da minha família são muito bem tratados.
Bidu é um dos mais experientes do elenco, além disso, possui uma longa história no clube. Ciente disso ele sabe da responsabilidade de mostrar para os jovens jogadores a importância do Friburguense.
A gente tenta passar tudo. Eu falo a gente porque aqui quando fala de Friburguense sempre citam os quatro considerados mais experientes, o Sergio, o Cadão e o Ziquinha. Então primeiramente a gente procura abraçar a todos e passar um pouco da nossa experiência, mostrar como é o clube e que tem que vestir essa camisa com amor, carinho, orgulho e que é uma responsabilidade muito grande.
Sobre o ano de 2018 Bidu afirmou que o clube tinha a obrigação de ter alcançando pelo menos um dos objetivos e espera conquistar o acesso na próxima temporada.
– Eu me cobro muito e a gente que está ano dia a dia e tem esse carinho e amor pelo clube sofre muito. Então a gente tinha que ter subido era a nossa obrigação ter conseguido alguma coisa boa para o clube. Infelizmente não aconteceu então a gente tem que rever isso, tem que sentar ver o que errou e tentar consertar, para que em 2019 com a graça de Deus conseguir o nosso objetivo. Porque pelo tamanho e a história do clube já passou do tempo de volta para a primeira divisão.
Com 38 anos Bidu sabe que para jogar em alto nível é preciso se preparar bem e por isso procurar se manter bem condicionado mesmo nos períodos sem jogos.
– O futebol hoje virou um esporte de alto rendimento. É precisa ter disciplina em tudo, na alimentação, no sono e no descanso. Se não tiver disciplina não consegue jogar. A gente tem que ser realista. Eu já tenho 38 anos, então sei que para jogar em alto nível tenho que estar bem. Por isso sou consciente e me cuido nesse período sem jogos para quando começar os treinamentos de verdade estar bem.